Empreendedorismo & Activismo Social

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Vovó Maria respira de alívio: o filho voltou, mas doente! (capitulo II)


Dando continuidade ao primeiro capítulo que relata a vida de uma pobre velha que recebe seu filho de volta depois de 25 anos a viver na África do sul, publicado em Setembro de 2011.
Após o momento pouco agradável entre os dois pelas angústias que teriam tomado suas almas, vovó Maria viria a desfrutar de um certo sossego e alegria, na medida em que o perigo que ameaçava a vida do filho, parecia o ter marcado distância, razão suficiente para dizer que “só mesmo Deus sabe quando e onde paramos de viver”.     
A saúde do filho da pobre velha registava melhorias. Para vovó Maria, era como se nada tivesse acontecido no passado, orgulhava-se de vê-lo reencontrar a família e fazer novas amizades na zona, com as quais partilhava não só as memórias da terra do rand, mas também a sua vida em Moçambique antes da ida a terra do "cunhado Mandela". Vovó Maria aproveitou o momento para fazer parte da vida do filho que por 25 anos lhe criara muito sofrimento e desgosto, contudo, tinha acabado, pois podia abraça-lo sempre que pudesse e mesmo com idade muito avançada, ainda prestava-lhe pequenos serviços domésticos, cozinhando, lavando sua roupa, entre outros.  
Os dias foram passando, e naturalmente a saúde do filho da vovó registava algumas crises, mas ainda dava para aguentar, até porque, ele próprio sonhava com dias melhores tencionado começar tudo de novo. E dada a ansiedade de dar a volta por cima, o filho da vovó, não perdeu a oportunidade de fazer parte de um culto religioso denominado Dia D (Dia de Decisão) realizado pela Igreja Universal do Reino de Deus, no dia 26 de Setembro de 2011, cujo objectivo era de libertar as pessoas de males espirituais. Diante da profunda angústia que lhe sufocava o peito, o filho da vovó Maria, se fez presente ao famoso culto na esperança de obter saúde plena e paz consigo mesmo.
Não se sabe ao certo o que teria sucedido nos dias que se seguiram, mas suponho eu, que tenha sido desespero demais. A relação entre vovó Maria e seu filho, teria mergulhado numa crise caracterizada por acusações mútuas entre as partes, e surpreendentemente mesmo com a saúde que dava um rumo esperançoso, o filho da vovó Maria meteu-se no álcool. (cont.)