Dando continuidade ao primeiro capítulo que relata a vida
de uma pobre velha que recebe seu filho de volta depois de 25 anos a viver na
África do sul, publicado em Setembro de 2011.
Após o momento pouco agradável entre os dois pelas
angústias que teriam tomado suas almas, vovó Maria viria a desfrutar de um
certo sossego e alegria, na medida em que o perigo que ameaçava a vida do filho, parecia o ter marcado distância, razão suficiente para dizer que “só mesmo Deus
sabe quando e onde paramos de viver”.
A saúde do filho da pobre velha registava melhorias. Para
vovó Maria, era como se nada tivesse acontecido no passado, orgulhava-se de vê-lo
reencontrar a família e fazer novas amizades na zona, com as quais partilhava
não só as memórias da terra do rand, mas também a sua vida em Moçambique antes
da ida a terra do "cunhado Mandela". Vovó Maria aproveitou o momento para fazer
parte da vida do filho que por 25 anos lhe criara muito sofrimento e desgosto,
contudo, tinha acabado, pois podia abraça-lo sempre que pudesse e mesmo com
idade muito avançada, ainda prestava-lhe pequenos serviços domésticos,
cozinhando, lavando sua roupa, entre outros.
Os dias foram passando, e naturalmente a saúde do filho da
vovó registava algumas crises, mas ainda dava para aguentar, até porque, ele
próprio sonhava com dias melhores tencionado começar tudo de novo. E dada a
ansiedade de dar a volta por cima, o filho da vovó, não perdeu a oportunidade
de fazer parte de um culto religioso denominado Dia D (Dia de Decisão)
realizado pela Igreja Universal do Reino de Deus, no dia 26 de Setembro de 2011,
cujo objectivo era de libertar as pessoas de males espirituais. Diante da
profunda angústia que lhe sufocava o peito, o filho da vovó Maria, se fez
presente ao famoso culto na esperança de obter saúde plena e paz consigo mesmo.
Não se sabe ao certo o que teria sucedido nos dias que se
seguiram, mas suponho eu, que tenha sido desespero demais. A relação entre vovó
Maria e seu filho, teria mergulhado numa crise caracterizada por acusações mútuas
entre as partes, e surpreendentemente mesmo com a saúde que dava um rumo esperançoso,
o filho da vovó Maria meteu-se no álcool. (cont.)