Empreendedorismo & Activismo Social

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Mercado do Povo, onde os preços tem cara


Podemos considerar o mercado do povo, por um lado, como estando em boas condições, se comparado com o grosso dos mercados da cidade do Maputo, mas por um outro, em péssimas condições, se tivermos em conta a sua localização geográfica. Este mercado situa-se, no bairro central “B”, entre as avenidas Karl - Marx e Ho Chi Min, bem atrás do edifício do Conselho Municipal da Cidade do Maputo.
O mercado do povo é dedicado especificamente a venda de produtos de primeira necessidade, bebidas e preparação de refeições, razão pela qual é destino de muitos, alguns dos quais preferem passar lá os seus momentos de lazer acompanhados de bebidas alcoólicas.     
Depois que entrei pela primeira vez naquele mercado, não tive motivos para não voltar mais, primeiro pelo facto de conter quase tudo que é necessário para garantir uma cesta básica e segundo, pelo carinhoso atendimento prestado aos clientes por parte dos vendedores. Em relação a atenção que os vendedores têm com os utentes do mercado, não razão de queixa, é simplesmente extraordinária, o suficiente para se afirmar que neste mercado, o cliente tem valor.
Carinho e atenção é o que os vendedores têm também em avaliar o poder de compra até mesmo o nível social de cada um que ali se faz presente, para posteriormente em função disso, aplicarem os preços, sobretudo na venda de produtos de primeira necessidade. Em outras palavras, no mercado do povo, os preços tem cara. No mesmo vendedor, na mesma hora, um quilograma de tomate por exemplo, pode custar 30, 40, 50 meticais ou até mais, “não sei”…E para os compradores que por falta de hábito ou por qualquer outro motivo não perguntam preço, a estes lhes é aplicado o preço mais alto.
Esta atitude para além de injusta, é um atropelo a regra de transparência na aplicação dos preços, pois, é obrigatório colocar os preços de todos produtos a venda ao cliente. E diante desta situação deplorável que acredito se passar em outros mercados, a solução seria um controlo efectivo e mais rigoroso na questão dos preços, por parte das autoridades competentes, de forma a garantir não só justiça, mas também aplicação prática das regras existentes.