Empreendedorismo & Activismo Social

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Combater a corrupção é responsabilidade de todos…


De acordo com Ana Maria Gemo, Directora do Gabinete Central de Combate a Corrupção (GCCC), o combate a corrupção é responsabilidade não apenas do Estado, mas do povo moçambicano nos mais diversificados níveis, e portanto, todos são chamados a se empenhar na luta contra esta “doença” que constitui um dos grandes obstáculos do desenvolvimento do país. Gemo, falava na cerimónia de abertura de uma formação em matérias de conhecimento jurídico sobre o combate da corrupção, realizada quinta-feira passada (18/11/2012), nas instalações do GCCC, em Maputo. 
Tida como um fenómeno complexo social, político e económico que afecta todos os países do mundo, a corrupção pode ser entendida como o uso do poder para obtenção de vantagens e fazer uso de dinheiro público para alcançar interesses próprios, de um amigo, da família ou integrante. A sua prática em Moçambique, ganhou nos últimos anos níveis alarmantes, tendo não só contribuído para bloquear o desenvolvimento económico, mas também para anarquia e instabilidade que caracterizam as instituições moçambicanas. Na sequência das suas desvantagens dentre as quais, destaca-se a crescente redução do investimento externo, o Estado moçambicano através do art. 19 da lei 6/2004, criou o Gabinete Central de Combate a Corrupção, como órgão da Procuradoria-Geral da República, especializado na prevenção e combate aos crimes de corrupção.
E entre as acções do GCCC, encontram-se actividades preventivas nomeadamente: realização de palestras, produção de spots publicitários, programas radiofónicos e televisivos, concurso de redução sobre corrupção para estudantes panfletos e formações de curta duração, a exemplo desta que era destinada especificamente aos membros da Associação dos Estuantes Finalistas Universitários de Moçambique (AEFUM), cujo objectivo é de garantir a réplica das matérias leccionadas a nível dos distritos através do Projecto Ferias Desenvolvendo o Distrito (PFDD).
Foram matérias de debate, questões relacionadas com a estrutura e funcionamento do GCCC, conceito e efeitos da Corrupção, mecanismos de apresentação de denúncias e protecção dos denunciantes, instrumentos internacionais para a prevenção e combate a corrupção, entre outras.
Entretanto, dado que a existência do corrupto implica necessariamente existência do corruptor, a promoção da cultura de integridade e transparência nas instituições, não é tarefa exclusiva do Estado, muito menos do GCCC, mas sim de todos moçambicanos, aliás, segundo Tássia Simões, uma das magistradas formadoras, “Combater a Corrupção é um acto de cidadania e de responsabilidade cívica.”