Empreendedorismo & Activismo Social

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

“10 Óbvias verdades dolorosas que todos esquecem rápido”

Na sequência do texto anteriormente publicado “Será que somos realmente responsáveis pelas nossas vidas?”, achei um artigo no site Live learn evolve que decidi partilhar em forma de comentários, com o título acima indicado, literalmente traduzido de “10 Painfully obvious truths everyone forgets too soon” que pode ser lido na sua originalidade por meio do link indicado no respectivo título.  
Tal como o título revela, o texto arrola 10 assuntos que o autor chama de verdades dolorosas na vida humana. Contudo, não irei comentar um por um, apenas resumir os pontos que achei interessantes e devido a interligação dos assuntos, os mesmos não respeitam a ordem do escritor.
Levanto como primeiro ponto de comentário, a Paciência. Segundo o texto, ser Paciente não quer dizer apenas esperar, mas sim a capacidade de manter a atitude e foco no que se pretende, enquanto ao mesmo tempo se trabalha árduo para se concretizar. Ou seja, nunca confundir o acto de “esperar” com “esperança”, dado que este último é sempre resultado de uma acção, pelo que cada um deverá fazer com que as suas acções falem mais alto que as suas próprias palavras, pois você é o que faz e não necessariamente o que pensa, e portanto, não espere fazer o que você realmente pensa. “Pensamentos e conhecimentos sem acções são inúteis”. E manter o foco no que se deseja, não é mais do que acreditar no invisível e acima de tudo ser perseverante, aliás o facto de não acontecer agora, hoje, … não implica a sua impossibilidade.
A perseverança revela-se de grande importância na vida, na medida em que alguns erros e fracassos sempre acontecem antes de um sucesso, pelo que de acordo com o autor cada um deve aprender a se perdoar, pois os erros são inevitáveis e não constitui problema comete-los, mas sim não aprender deles. “Só fracassa quem realmente tenta”.
O autor fala também do ambiente em sua volta, suas companhias, amizades, etc., que jogam um papel relevante no desempenho e actuação pessoal. Conheça melhor os seus companheiros. Alia-se aos que te fazem sentir confortável, forte e capaz. Algumas pessoas por mais próximas que sejam, podem ser um mau desafio para sua vida, portanto, afaste-se de todos que não te inspiram, te fazem sentir culpado, fraco e acima de tudo não te fazem feliz.
Não se iluda bastante com as aparências. “Estar buzzy não quer dizer ser produtivo”. No actual contexto evolutivo de Comunidade para Sociedade, em cidades de franco crescimento como Maputo, existe muita gente vivendo de aparências. Entretanto, não se deixe levar, procure criar sua própria cultura, ao que o autor chama de ser você mesmo, despenda pouco tempo com a vida alheia. Mais tempo com novelas, revistas, jornais, etc., pode contribuir para dispersar seu pensamento e consequentemente, menos concentração na sua própria vida. Entenda que apenas você, sua família, seus amigos, são reais e não a Rihanna, CR7, L. Messi, Obama, etc.
Num outro ponto, o autor aborda a “morte”. Apesar de constituir um facto de conhecimento comum, ainda é uma verdade questionável e inaceitável para muitas pessoas. Eh! Perder um ente querido é sempre doloroso, porém é natural, aliás as pessoas não podem viver para sempre e só morre quem está vivo. Portanto, preocupe-se menos com a morte, pois a qualquer momento pode acontecer e deixe todas explicações com a natureza. “O facto de o fulano ter sido empossado a cargo “X”, ter comprado seu carro/casa dos sonhos, ter se logrado campeão, … não lhe torna imune da morte no dia seguinte”.

E por isso, ganha consciência de que o mundo muda a cada segundo e a vida nunca está parada para ninguém. As pessoas e circunstâncias vêm e vão. Independentemente da sua actual situação (boa ou má) tudo vai mudar. Isso me faz lembrar uma frase de um velho amigo que diz: “Hoje você é Presidente do Município, amanha, é polícia camarária e vice-versa”. Por isso desfrute da sua vida, não procure nada melhor a cada segundo. “A felicidade nunca vai para quem não aprecia o que tem no momento”. É bom ser bom para os outros, mas é mais importante ser bom para si mesmo. “Ama-te a te mesmo, como se tua vida dependesse disso”.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Será que somos realmente responsáveis pelas nossas vidas?

Tenho acompanhado atentamente o desenrolar da vida social em Moçambique e dentre tantos resultados, conclui também que somos uma sociedade que “critica tudo menos nada”. O surgimento da massa crítica no país é a primeira vista um ganho, aliás razões para tal não faltam. Registamos nos últimos tempos um crescimento económico digno de realce, que traz consigo o alargamento infra-estrutural e de serviços a exemplo da educação que tem contribuído grandemente para acrescer e melhorar a cultura cívica e intelectual dos moçambicanos.
No entanto, descubro que a “crítica moçambicana” tende a ser mais destrutiva e naturalmente, menos o contrário, levando consigo uma carga bastante forte de lamentações e culpa à alheios, o que traz como consequência o pessimismo. E segundo os teóricos humanistas, o pessimismo manifesta-se pela associação de pensamentos negativos, que por sua vez determinam as acções e os respectivos resultados, por meio dos sentimentos. Ou seja:
(Sentimento bom/mau = Pensamento bom/mau = Acção boa/má = Resultado bom/mau).
E já agora, como é que tu te sentes? A cada minuto, hora, dia, etc., da tua vida?
É comum e natural que acções externas tenham influência directa na forma como nos sentimos. E no caso particular do nosso país, pés embora o crescimento económico que nos caracteriza, o mesmo ainda não se traduziu em qualidade de vida para a maioria da população, com registos ainda de crescentes índices de pobreza urbana (desemprego, falta de habitação, criminalidade, prostituição, etc.), corrupção só para citar alguns dos problemas, o que obviamente tem criado frustração e tensão social, deixando as pessoas numa situação de aparente “luta de todos contra todos”, onde só reinam acusações, ódio, raiva e vingança.
E porque a culpa é quase que sempre externa e nalgumas vezes dos que dirigem a sociedade, chega-se a odiar a Política. Porém, a Política não é uma pessoa ou um grupo é sim uma arte, que surge como um mecanismo para a satisfação da vida do Homem no colectivo.
Ao escrever este texto, o faço na perspectiva de chamar atenção sobre a auto-responsabilização. Ou seja, não existe nenhum “Zacarias” nas nossas vidas. (“Zacarias” é título de uma música que representa um indivíduo a quem era atribuída a culpa de tudo que de mau acontecia no bairro, desde, roubos, assaltos, violações, obscenidades, etc.). Como Jack Canfield[1] afirma, cada um é 100% responsável pela sua vida.
“Tu não és vítima, mas sim a principal causa de se sentir vítima”. A quanto tens avaliado o percurso da tua vida? As questões, acusações, e soluções que aos outros fazes, alguma vez fez para si memo? Quais são os seus principais objectivos a curto, médio e longo prazo? Quais sãos seus sonhos? E quanto as tuas acções diárias e os respectivos resultados, estarão estes em conexão com os teus objectivos finais?
O que farias se acordasses com um milhão de dólares na cabeceira da tua cama? Se achares esta pergunta louca, então estou a falar com a pessoa certa e se não, me encherá de contente saber que alguém está no caminho certo.
Quital concebermos a vida, como construção resultante de cada acção nossa no dia-a-dia, até a mais ínfima que seja! Na verdade a vida é uma bola de experimentos, e portanto com ela fazemos tudo quanto pretendermos. Quando falava no início do pessimismo, é que para além deste dirigir negativamente as nossas acções, também limita o nosso poder de abstracção, os nossos desejos, sonhos e objectivos deixando nos por isso numa aparente posição de “alegoria da caverna”[2] onde a vida se resume apenas no que se reflecte nas quatro paredes, levando nos geralmente a acreditar mais nas nossas limitações do que nas nossas potencialidades.
Entretanto, “só sabe o quão longe se vai, quem realmente for longe” (Bishop – seriado Fringe), isto é, só arriscando é que poderemos saber de tudo quanto somos capazes. Mas para tal devemos nos tornar responsáveis das nossas vidas. Se alguém aceita ser dirigido pelo que os outros pensam da sua vida é sinal de que pouco se conhece. Independentemente de tão bom ser o que outro pensa de ti, é crucial ter sua própria avaliação, o que só é possível se conheceres profundamente os teus “up’s” e “down’s”.
E por que o nosso ideal é único e próprio, é comum e normal surgirem contradições que se transformam em obstáculos no nosso caminho, o que leva muita gente a optar pelo mais fácil - desistir. E é por isso que não me canso de apelar a Perseverança pois, “Tudo aquilo que persistimos em fazer, torna-se mais fácil de realizar, não pela alteração da sua forma natural, mas pelo aprimoramento da nossa capacidade em realiza-la”. E no contexto actual em que o mundo tende cada vez mais a estar interligado devido a globalização, o poder da concorrência tem falado mais alto, levando as pessoas a fazer das suas vidas uma competição egoísta. Contudo, uma real vida de sucesso não se faz por competição, mas sim pela diferença, que por sua vez se encontra na qualidade.
A globalização é mais um dos estágios da evolução da sociedade política, onde a partilha e comunhão não são apenas locais, alargam-se para entre comunidades gigantes, cujo objectivo final é o mesmo – a satisfação do Homem. Imagine um mundo de partilha de diferenças, onde cada um reconhece que é igual a si mesmo e usa perfeitamente a sua originalidade! O egoísmo para além de ser um mau sentimento, deixa as pessoas acanhadas até nos momentos em que precisam de ajuda, e tudo que se ganha na base deste tipo de competição, por mais longe que vá sempre se auto destrói.



[1] The Success Principles
[2]Conceito platónico

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Bem-vindo Mês de Fevereiro!

De acordo com Wikipedia, Fevereiro é o segundo mês do ano, pelo calendário gregoriano. Geralmente tem a duração de 28 dias, tal é o exemplo do corrente, excepto em anos bissextos, em que é adicionado um dia a cada quatro anos.
Originariamente, este mês possuía 29 dias e 30 (como ano bissexto), mas um dos seus dias passou para o mês de Agosto, para que o mesmo ficasse com 31 dias em honra ao imperador César Augusto (então imperador de Roma), em semelhança a Julho, mês baptizado a homenagem ao Imperador Júlio César.
São datas comemorativas durante este mês: (04) Dia Mundial da luta contra o cancro, (11) Dia Mundial do doente, (13) Dia Mundial da Rádio, (14) dia dos namorados (São Valentim), (15) Dia Internacional da criança com cancro, (21) Dia Internacional da língua materna e (28) Dia Internacional das doenças raras.
Em Moçambique, comemora-se dia 03 de Fevereiro, como Dia dos Heróis Moçambicanos em homenagem ao primeiro presidente da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), Eduardo Chivambo Mondlane, perecido a 03 de Fevereiro de 1969. E associado a esta efeméride, comemora-se também o Gwaza Muthini (morrer em casa), em memória aos guerrilheiros comandados por Ngunganhane mortos numa batalha contra o exército colonial português, em 1895, em Marraquene.