Empreendedorismo & Activismo Social

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Violência doméstica contra o homem: a verdade que não quer se calar!

A violência doméstica por muito tempo esteve ligada ao homem contra a mulher, colocando esta numa posição permanentemente de vítima. No entanto, os últimos dias mostram que a crescente luta e defesa pela igualdade do género, está criando efeitos negativos, podendo estar por detrás de uma onda de actos violentos da mulher contra o homem.

Em uma semana, o jornal Notícias, fez relato de casos deste tipo de violência que merecem nossa atenção. Na Quinta-feira (11 de Novembro), relatava um caso na província da Zambézia, de uma mulher que por motivos passionais, teria incendiado uma escola de construção local, onde o marido é director. E no dia seguinte, dia 12 (Sexta-feira) o mesmo Jornal, noticia que um homem no bairro de Tsalala, na cidade da Matola teria perdido a vida, como resultado de queimaduras fortes provocadas por água quente lançada pela mulher.

Na mesma semana, recebi relato de um homem na província de Gaza, vítima de violência sexual perpetrada por duas mulheres “sedentas”, que após este não poder mais as satisfazer, clamou por socorro, tendo as agressoras não só confessado o crime, mas também revelado que esta prática era habitual naquela zona pois sente-se abandonadas pelos maridos que na sua maioria trabalha na vizinha Africa de Sul.

Na há dúvidas que a violência doméstica contra o homem é uma realidade, no entanto, ela sempre foi relegada ao esquecimento e dada menos importância. Diferentemente da violência contra a mulher que tem maior atenção por parte da sociedade e das autoridades, o violência contra o homem, não tem a devida atenção. Contudo a mulher também mata. Alias, de acordo com o filósofo alemão, Friedrich Nietzche, “na vingança e no amor, a mulher é mais bárbara que o homem”

Entretanto, por conta de vários factores como vergonha, receio por parte do homem, despreparo das autoridades em lidar com este tipo assuntos, muitos dos casos acabam ficando no desconhecimento. Para alem da já conhecida violência física, talvez a que mais atenção chama, o homem tem sido sofrido muito a nível psicológico, pois a mulher revela-se também mais forte nas agressões verbais.

Num passado não muito distante, era quase notícia diária nos midias moçambicanos, o relato de mulheres atirando água ou óleo quente em seus parceiros na maioria das vezes provocado por motivos passionais. Após um certo silêncio, estes casos voltam a fazer parte do nosso dia a dia. Infelizmente, a violência não tem cara, raça, género, etc. Seus efeitos são sempre destrutivos para todos. Com muita tristeza assistimos casos de perda patrimonial por parte do homem a favor da mulher, na maioria das vezes por situações provocadas pela mulher.

Continuar olhar a mulher como inofensiva e vulnerável, pode nos sair muito carro. Há uma necessidade urgente de uma mudança de mentalidade do homem como vítima, assim como uma melhor atenção pública por parte das autoridades. A igualdade de género não pode se limitar apenas aos direitos da mulher.


Jornal Noticias
Jornal Noticias/12-11-21


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