O dia 16 de Novembro de 2021, ficará marcado na história do país, pela recepção
de Moçambique da plataforma flutuante para exploração do Gás na bacia do Rovuma,
na província nortenha de Cabo Delgado. As cerimónias que decorreram na cidade
sul coreana de Geoge, contaram com a presença do presidente de Moçambique,
Filipe Nhusi, que se fez acompanhar pela primeira dama Isaura Nhusi e alguns
membros do governo.
Espera-se que este empreendimento chegue ao país nos
próximos 60 dias, tendo sua construção iniciada em 2018, acompanhada pela
formação de pessoal técnico que fará parte directamente na operacionalização
deste que é um dos maiores investimentos na pérola do Índico, com início de
actividades previsto para 2022.
Sem dúvida, é um momento ímpar na vida do povo
moçambicano, dado que, abre uma nova página na economia e porque não no
desenvolvimento de Moçambique. Naturalmente, a expectativa é que este
investimento prove o contrário da realidade de alguns países que negócios do
género se tornaram maldição para seu próprio povo.
Não é segredo para ninguém
que Moçambique, vive nos dias de hoje um clima terrorista na região norte, por
sinal a mesma onde decorrem trabalhos para implantação dos investimentos acima
mencionados, cujas causas e autores ate então permanecem desconhecidos. Ao que
tudo indica, a vida tende a voltar a normalidade na maioria dos distritos
fortemente afectados pelas acções terroristas, após intervenção militar conjunta
envolvendo forças locais e regionais.
Tal como o ditado diz, depois de uma
recessão vem a abundância. O país vive nos últimos anos, momentos de aperto
económico, cujos efeitos são evidentes no dia a dia da maioria esmagadora da
população, que vê suas esperanças de vida reduzidas a nada. O início das
actividades de exploração do gás na bacia do Rovuma, abre uma janela oportuna
para a melhoria da vida do povo moçambicano, seja por meio de empregos directos,
assim como através dos dividendos fiscais destes grandes projectos.
Verdade é,
poderá tirar proveito dessas oportunidades quem realmente estiver preparado.
Naturalmente, há um grande desafio por parte do Estado moçambicano, de
transformar o crescimento económico em qualidade de vida para o seu povo
(Desenvolvimento), mas também, ao mesmo tempo é lançado o mesmo desafio aos
jovens em particular, para que se readaptem ao novo cenário económico nacional
aprimorando suas habilidades profissionais e intelectuais de forma que possam
tirar maior proveito destes investimentos, seja em forma de mão-de-obra ou
prestando serviços.