Empreendedorismo & Activismo Social

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Ai, meu país!

Qual seria a primeira impressão (pensamento ou sentimento) que cada um teria se lhe pedissem para falar em poucas palavras de Moçambique?
No dia 02 de Outubro de 2011, publiquei um texto no Clube dos Pequenos Escritores, que em forma de uma carta fazia algumas questões ao Deus todo-poderoso, sobre o actual estágio da vida humana. Entre muitos, motivou-me o factor incerteza sobre o futuro num contexto caracterizado essencialmente por uma crescente desigualdade e injustiça sociais a nível mundial. Obviamente não fi-lo esperando que Deus me desse uma resposta imediata, mas sim na esperança de independentemente do meu veredicto obtivesse alguma satisfação.
Entretanto, para a minha surpresa, com o meu crescimento que esperava que pudesse estar mais equipado com vista a enfrentar a vida com sucesso, mais vai se alargando e aprofundando a incerteza, sobretudo no meio em que vivo.
Não sei ao certo se eu é que me enganei, criando uma imagem ilusória sobre a realidade do meu país, mas a verdade é que a cada dia que passa esta pérola do Índico vai me presenteando espectáculos que já mais desejaria assistir, pés embora gratuitos.  
Por essas alturas, falar de Moçambique me pica o coração tristemente.
Mesmo imbuído pelas teorias positivistas me é bastante difícil pensar de tal forma, num cenário de tristeza, sofrimento, humilhação, ofensas e mentiras quanto este moçambicano.
Não passam quatro semanas após ter publicado um texto por ocasião da passagem de mais ano após os acordos de Roma, intitulado “21de Paz, 21 anos de incerteza!”, eis que a incerteza efectivamente se faz sentir, com ataques bélicos numa clara demonstração de instabilidade política e talvez de retorno a guerra, cujos principais actores “curiosamente” alegam todos eles defender o povo, porém no terreno o mesmo povo é a principal vítima. É realmente engraçado, até parece loucura!
No mesmo território, enquanto os dirigentes políticos vão entretendo populares com discursos de apelos a Paz, os seus subordinados vão semeando terror e miséria ao mesmo povo.
Dentre tantas características que um dirigente político deve possuir, a sensibilidade popular deve ser uma das principais, afinal de contas estamos a falar de um gestor público. Qual é a razão de alguns moçambicanos gozarem de mais liberdade e estabilidade que os outros? Qual foi a culpa das populações de Gorongoza para passarem por todo este sofrimento? Qual é o futuro daquelas crianças que foram forçadas a abandonar as carteiras da escola por som de armas?
Não basta a criminalidade (sequestros), a corrupção, as doenças, a prostituição, o desemprego que nos apunhalam por todos cantos do nosso quintal? Que democracia é esta feita de armas, perseguições, intimidasses e contra-críticas?
Pés embora considere a sociedade moçambicana bastante sensacionalista, porém perante a réplica e quase que consensual sentimento de descontentamento sobre a situação do país, não há dúvidas de que realmente alguma coisa não está boa!
E portanto é chegada a hora de alguma reacção por parte do legítimo detentor do poder, o povo. Toda gente fala, mas faz absolutamente nada. Se realmente somos democráticos ou ao menos pretendemos ser, temos que agir, caso contrário o poço da miséria vai se aprofundar.
Usemos e abusemos de todos meios legais que dispomos para exigirmos o que é digno de homens: Paz e Tranquilidade. Não deixemos que egoísmo e teimosia de algumas pessoas dêem rumo infeliz a uma maioria.
Que as tantas organizações da sociedade civil, partidos políticos e diferentes actores sociais sirvam e falem pelo povo ao menos uma vez. Que o medo e a chantagem sejam transformados em coragem e sentimento nacionalista de um Moçambique próspero e livre de política obscura.
Viva a Paz, viva povo moçambicano de Rovuma ao Maputo, do Índico ao Zumbo, viva liberdade e prosperidade.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

“Retalhos de uma vida” de Eunice Matavele

“Retalhos de uma vida” é a primeira obra literária da apresentadora e jornalista moçambicana Eunice Matavele, que fora nos últimos dois dias meu companheiro de cabeceira. Lançado no último mês de Setembro, o livro conta historias vividas pela autora como activista do HIV/SIDA e sobretudo como apresentadora e editora de um programa na Televisão de Moçambique, denominado “Defesa da vida” cujo objectivo era trazer contos, testemunhos, anseios e o dia-a-dia das pessoas infectadas e afectadas pela pandemia do HIV.    
Graficamente, Eunice traz nesta obra vivências e momentos diversificados por diferentes pontos desta pérola do Índico, com pessoas seropositivas e instituições vocacionadas a esta temática. Para além do conteúdo rico em volta deste “bebé” literário, algo mais me motiva a tecer estes comentários.  
Sempre achei a sociedade em que estou inserido imbuída de senso comum e bastante sensacionalista, razão pela qual boatos e fofocas encontram-na bom aconchego. Porém, confesso que não tinha a tamanha dimensão dos preconceitos que envolvem o nosso dia-a-dia nesta “pátria amada”.
Nas histórias contadas por Eunice Matavele, saber que ela fora socialmente considerada seropositiva pelo simples facto de apresentar um programa televisivo sobre SIDA, deixou-me completamente arrepiado e bastante incrédulo. Com esta obra, por um lado aprendi muito sobre o HIV, mas também por outro decepcionei-me com a minha sociedade, ao saber que os efeitos sociais são maiores que os da própria doença, deixando impressão de que ou as diversas organizações versadas a ela não estão a tomar conta do recado como deveriam, ou os moçambicanos continuam renitentes a mudança comportamental.  
É incrível que em pleno 2013, exista ainda confusão entre seropositivo e doente de SIDA, e que pessoas sejam julgadas serologicamente por simples aparências! Acho eu que os moçambicanos não entenderam ainda o quão é realístico o HIV no nosso país, alias a forma como este assunto é tratado nos diferentes fóruns sociais revela este facto.
Lembro de uma vez num transporte semi-colectivo, um dos passageiros que conversava com sua acompanhante em voz alta como é hábito, ter dito algo mais menos assim “… aquele tem SIDA…eh, você, SIDA mata…”. Ao ouvir aquilo, a primeira questão que me veio a cabeça foi: qual seria sentimento de um infectado que provavelmente estivesse por ai?
Por meio deste e outros episódios que tenho presenciado, percebo e concluo que algo devia ser mudado na nossa sociedade na forma como encaramos esta doença. Este comportamento menos digno por parte de algumas pessoas, justifica as desistências aos tratamentos ante-retrovirais, a auto-descriminação e consequente exclusão social quando as pessoas já estão infectadas, assim como também o pouco interesse e medo pelos testes voluntários.
Que comportamento se espera de um individuo que descobre que está infectado, mas que vivia descriminando e falando mal dos seropositivos?
Portanto, “Retalhos de uma vida” aparece num momento oportuno, é para mim uma obra educativa, e sendo a autora mestre em saúde pública, imaginem o quão rico este livro é! Pelo que é uma recomendação obrigatória a todos moçambicanos, e que façam dos seus ensinamentos o dia-a-dia de cada um rumo ao Moçambique livre da estigmatização.

Bem-haja Eunice Matavele.  
     

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Sonhei com Moçambique!

A noite anterior foi relativamente longa, me deitara por volta das oito, após uma diversificada jornada de “trabalho”. Estava realmente cansado, razão pela qual dormia como uma pedra atirada no fundo do mar. O silêncio da noite, a minha “morte” instantânea me fizeram sentir como um anjo durante um sonho que jamais me esquecerei. Sonhei com Moçambique!
Não que quis acreditar naquilo, mas era verdade. Moçambique era um país institucionalmente descentralizado, com autonomia política e económica por todos pontos, o que fazia das suas comunidades tão equilibradas e com orgulho das suas próprias origens. Naquele instante, caminhar pelas ruas de Mafala, Maxaquene e Polana Caniço durante a noite, era saudável, aliás, pés embora as suas especificidades não passavam de simples bairros assemelhados a Coop e Sommerschield. Pelos midias chegavam notícias de Hospitais quase que vazios, pois seus utentes moçambicanos respiravam de óptima saúde, fruto das boas condições de vida que possuíam motivadas por um satisfatório salário, que jamais me fizera ouvir falar de manifestações profissionais ou corrupção. Quis eu ser incrédulo, porém, a informação chegava até mim por meios de comunicação transparentes e acima de tudo comprometidas com a verdade.
A nível político, contávamos apenas com forças do poder público e o parlamento era extraordinariamente interessante, caracterizado por um real multipartidarismo, onde dos três partidos com assentos, nenhum era mais importante que outro, “importante” era sim o bem-estar dos seus reapresentados (Povo) proporcionando-os estabilidade e PAZ que ninguém jamais ousava em ameaça-la. O Gabinete Central de Combate a Corrupção, tinha se tornado num Centro de assistência marital.
Não passava pela cabeça de nenhum moçambicano, que o seu presidente fosse tão alérgico a críticas e que pudesse odiar as redes sociais, pelo contrário era um “tipo” bastante simpático e sempre aberto ao diálogo, e que de tanta humildade era o presidente mais “pobre” de África. Para ele, o povo é que tinha direito de acumular riquezas e não os seus dirigentes. Me fascinava ainda mais o seu estímulo e incentivo no uso de tecnologias de informação pelos jovens, razão pela qual o reconhecimento pela criatividade e talento em Moçambique era o nosso pão de cada dia.  
Éramos tão felizes, que o nacionalismo não era um mero discurso político, mas sim uma verdade evidente inclusive quando compartilhávamos sentimentos no apoio as nossas selecções desportivas, que nos brindavam com vitórias e troféus, resultado do seu empenho e compromisso com a bandeira nacional, sendo que por sua vez as autoridades desportivas, apoiavam a todos sem distinção de sexo, idade, raça, modalidade, etc.  
Naquela “pátria amada”, a fé em Deus não tinha preço, aliás, locais de cultos religiosos serviam apenas para buscar saúde espiritual e aprofundamento do auto e amor ao próximo, não deixando por isso espaço para ódio e competição religiosa. Fazer parte da Polícia da República de Moçambique, constituía uma tarefa bastante honrosa e respeitada caracterizada no seu exercício por zelo e responsabilidade, sendo que o polícia que se descuidasse e fizesse do seu uniforme uma ferramenta para extorquir e maltratar cidadãos indefesos, era punido exemplarmente.   

Entretanto, por volta das cinco e meia da manhã, o alarme como de sempre fez das suas, mas dessa vez de forma dolorosa. Depois de piscar o olho, não podia ouvir melhores notícias pelo meu pequeno rádio de cabeceira. “Criança raptada por desconhecidos na cidade da Matola; Treinador de nacionalidade portuguesa expulso do país, acusado de chamar os moçambicanos de ladrões; RENAMO ameaça inviabilizar as eleições autárquicas de Novembro próximo”; eram os destaques do dia que me reintegravam no Moçambique real. Pés embora, melancólico levantei-me com a mão no queixo e olhar para o teto, tirei um pequeno sorriso e agradeci a Deus pela noite… SONHEI COM MOÇAMBIQUE.  

terça-feira, 8 de outubro de 2013

“A estrela, luz da minha alma” de Clarisse Machanguana

“A estrela, luz da minha alma” é título da uma obra literária da autoria da basquetebolista moçambicana, Clarisse Machanguana, lançada ontem (07), em Maputo no espaço cultural da Universidade Politécnica. Sob chancela de Textos Editores, o livro teve a apresentação de Armando Artur, comentários de Lourenço do Rosário (reitor da Universidade Politécnica) e de Fernando Sumbana Júnior (Ministro da Juventude e Desportos).
A cerimónia contou ainda com a presença de diversas figuras entre académicos, artistas e desportistas com destaque para Nazir Salé, seleccionador Nacional de Basquete Feminino, que na sua intervenção disse que o lançamento da obra constituía um momento ímpar não só para autora, mais sobretudo para o povo moçambicano, e que a mesma devia servir de exemplo para a camada jovem.
De acordo com o apresentador da obra (Armando Artur), “A estrela, luz da minha alma” é por um lado uma terapia narrativa, na medida em que é uma interpretação da vida da autora, personagem principal e por outro, é um conjunto de histórias de vida, constituindo por isso, um relato exaustivo da Clarisse, sobre sua vida. É um livro que rebusca momentos familiares e individuais para interpretar a vida num contexto social, económico, cultural, etc., é ainda para apresentador, uma relíquia, fonte de ensinamentos, sendo que a estrela que a autora faz referência, não é necessariamente ela, mas o protótipo que cada um deve criar para iluminar seu próprio caminho em busca autodeterminação.
Segundo a autora, “A estrela, luz da minha alma” não é um conto de sucesso económico, nem de basquete sobre quantos pontos, prémios ela marcou/obteve, mas sim um conto sobre conquistas culturais de uma menina que decide atravessar fronteiras, raças, línguas, entre obstáculos e quedas em busca de determinação através do desporto.

Clarisse Machanguana, de 40 anos, retira-se do basquetebol, após uma longa e brilhante caminhada desportiva, tendo representado Moçambique durante 25 anos. Na sua internacionalização destaca-se a sua passagem pela Santarém (Portugal), San José – Califórnia, e Los Angeles, Charlote e Orlando - WNBA (Estados Unidos), Pamplona e Barcelona (Espanha), Tarbes e Montepellier (França), La Spezia, Roma, Napoli, Parma, Ragusa e Milão (Itália) e Seul (Coreia do Sul).

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

21 anos de PAZ, 21 anos de incerteza!

Celebramos hoje quatro de Outubro, 21 anos após a assinatura dos acordos de Paz, que tiveram lugar na capital italiana Roma, em 1992, entre o governo da FRELIMO e a RENAMO (então grupo de guerrilha).
Este acordo de Paz, deixa um grande marco na vida dos moçambicanos depois de 16 anos de conflito interno opondo os dois beligerantes acima mencionados, que para além de perdas humanas, teve profundas implicações na estruturara económica e social do país. Várias são as evidências consequentes deste dramático e triste período em Moçambique, desde intra-estruturas destruídas, emigrações forçadas, delinquências, etc., no entanto, no dia quatro de Outubro de 1992, importou ao povo moçambicano, a união entre as partes, com o cessar-fogo verificado e os olhos postos para frente com vista a reconstruir o país praticamente em ruínas, não tendo por isso interessado quem era o culpado, mas acima de tudo a estabilidade e a boa convivência entre os moçambicanos a todos níveis.
E a Paz não demorou dar frutos, tendo dois anos depois, Moçambique assistido as primeiras eleições multipartidárias, que por sua vez marcaram a abertura e construção de um novo panorama político, com fortes sinais de um regime democrático embora embrionário, mas bastante promissor com o surgimento de diversas formações políticas e organizações da sociedade civil, para além do renascimento económico e social.
Passados 10 anos após a assinatura dos acordos, a Paz continuava intacta e bastante longe de ser ameaçada, com um cenário político embora bipartidário, porém relativamente competitivo e plural, alias por volta dos anos 2000 as cessões parlamentares transmitidas pela televisão, atraiam maior audiência a nível da esfera social moçambicana, talvez até não tanto pelo interesse dos assuntos lá discutidos, mas sobretudo pelo cenário caracterizado por debate.
Entretanto, celebramos hoje 21 anos de Paz, como se nada tivesse acontecido, apesar das feridas eternas deixadas pela guerra dos 16 anos a milhares de moçambicanos. São hoje 21 anos de Paz, mas ao mesmo tempo 21 anos de profunda incerteza.
Moçambique regista neste momento um crescimento económico digno de realce, com investimentos de grande envergadura e uma infra-estruturação invejável em quase todos pontos do país. Contudo, a saúde de um sistema político, depende da interligação dos seus elementos, o que em Moçambique não está acontecendo, pelo que o sistema funciona como um electrodoméstico/aparelho completamente desnorteado.
Para além da incapacidade do actual executivo em transformar as mais-valias do crescimento económico em bens e serviços para o todo povo moçambicano, resultando no recrudescimento da pobreza urbana caracterizada essencialmente por altos índices de desemprego, criminalidade e falta de habitação, o país vive hoje momentos de incerteza no que diz respeito a estabilidade e segurança no seu todo. 21 anos de um ser humano, é sem dúvida uma vida, mas 21 anos de cessar-fogo/Paz é bastante pouco, mas muito pouco para ser ameaçada. Infelizmente já está acontecer em Moçambique, com suposto diálogo entre os dois maiores partidos moçambicanos, que se arrasta a mais três meses, com vista a resolver a actual tensão política que já criou vítimas mortais e danos incontáveis com o condicionalismo que se verifica na região de Muxungue, na província de Sofala.
É como muita tristeza que acompanhamos dirigentes falando de salvaguardar a Paz como o bem mais precioso dos moçambicanos, no entanto, na realidade assistimos por um lado, aquisição de novo material bélico, movimentação de militares de um lado para outro e perda de compatriotas em confrontos com militares da RENAMO, e por outro, uma polícia moçambicana cada vez mais violenta e arrogante com o seu próprio povo. Que tipo de Paz se pretende construir neste cenário?
Se quisermos esquematizar, diríamos: Independência - Conflito/Pobreza - Paz/Estabilidade - Pluralismo/Crescimento – Tensão Social e Política – Conflito
Será que falta no actual executivo sabedoria suficiente em accionar mecanismos estratégicos para ultrapassar a actual tensão e ao invés de um conflito alcançarmos prosperidade? Questiono porque efectivamente não tenho a resposta, mas certeza tenho de que a Paz não está de boa saúde e que Moçambique vive momentos conturbados e de bastante incerteza.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Adoro Escrever!

Sou fascinado pelo inventar, pelo senso imaginário e do pensar diferente. E por isso, admiro e mantenho um enorme e profundo respeito por todos escritores, independentemente da sua especialidade literária. Porém, este não é necessariamente o facto que me alimenta o gosto pela escrita. Simplesmente ADORO ESCREVER!
Não sei como isto começou, mas já desde adolescente que encontrei no rabiscar textos uma identidade para a minha pessoa. De lá ate então, concebo a escrita por um lado, como uma forma de me encontrar comigo mesmo, sobretudo nos momentos inconfortáveis e por outro, de descoberta do meu interior pelo exercício mental que permite acrescer a esfera do meu conhecimento.
Não me importa o quão semântico e gramaticalmente o que escrevo está, procuro apenas representar graficamente o que me vem à mente e na alma, aliás não possuo linhagem literária. As vezes, motivado por factos reais dentre pessoais e sociais, mas também por vezes pelo senso imaginário, lá vou eu somente escrevendo.
Aprecio textos publicados em jornais e revistas imprensas, mas cativam-me e interessam-me mais os electrónicos, pois garantem o processo da retroacção ou reacção imediata do leitor, permitindo não só enriquecer o assunto em causa, mas também interacção e dialogo entre os intervenientes.
Fico feliz ao saber que alguém leu meu texto, independentemente de concordar ou não, de correcto ou não, no que lá estiver escrito, somente me enche de contente saber que fiz algo visível ou talvez “apreciável”. E me entristeço quando não consigo escrever, me sinto parado no tempo e completamente inútil. Não almejo me tornar um grande escritor, porém mantenho comigo um sonho de publicar pelo menos uma obra literária.

E porque aquilo que persistimos em fazer, torna-se cada vez mais fácil, não pela alteração da sua forma natural, mas porque aumenta o nosso poder em realiza-la, nunca irei desistir, pois cada letra, cada palavra, cada frase, enfim …cada texto escrito para mim, é sempre uma obra, mas também acima de tudo uma aprendizagem rumo à excelência, meu objectivo final, razão pela qual digo: ADORO ESCREVER!