De forma a dar continuidade as minhas leituras do social,
decidi abrir neste espaço, uma rubrica que chamo de “diário de um
desempregado”. A própria designação diz tudo, e portanto, com rubrica pretendo
usar das minhas lentes como académico, cidadão e moçambicano, para
fenomenalizar em relatos um problema que não é novo, mas que tende a se
agudizar nos últimos dias, em quase todas sociedades do mundo. Falo nada mais,
nada menos do desemprego, concebido de acordo com arcozelocriativo, como
um fenómeno social e económico característico das economias modernas, em
consequência do desequilíbrio entre a procura e a oferta de mão-de-obra,
obedecendo a seguinte tipologia:
Desemprego de exclusão que é derivado
de um desequilíbrio no mercado de trabalho em que a procura de mão-de-obra por
parte dos empregadores é inferior à procura de trabalho por parte dos
empregados. Desemprego oculto, quando existe excesso de trabalhadores
face à terra ou tarefas disponíveis. Desemprego repetitivo, que deriva
das mudanças constantes de emprego por parte da mão-de-obra com baixo nível de
qualificação profissional. E desemprego tecnológico, resultante das
mutações tecnológicas e das reestruturações dos processos produtivos.
Entretanto, o personagem que trago para falar-nos do seu
estado de desempregado, enquadra-se no primeiro tipo, ou seja, do desemprego de
exclusão, até porque este, caracteriza actualmente a maioria esmagadora das
sociedades.
Organizado
em capítulos, “o diário de um desempregado” vai relatar o quotidiano de um
jovem recém-formado, que ansioso e simultaneamente desesperado, luta por
conquistar uma vaga não tanto para trabalho como devia ser, porém, de emprego.
Na esperança de auto ou interpretar com sucesso este personagem, espero
pelas vossas contribuições, seja em comentários ou por qualquer outro meio. Abraços a todos e
antecipadamente, bom final de semana.