Empreendedorismo & Activismo Social

sexta-feira, 25 de julho de 2014

“Pai Rico, Pai Pobre”!

“Rich Dad, Poor Dad”, é título de uma obra literária da autoria de Robert Kiyosaki e Sharon l. Lechter (como Colaboradora), lançada em 1997, que fala de educação financeira. Neste livro, Kiyosaki relata parte da sua história de vida “financeira”, baseando-se em dois personagens: Pai Pobre, seu pai biológico, um indivíduo academicamente bastante instruído, porém com sérios problemas financeiros e Pai Rico, pai de seu amigo Mike, uma pessoa com um nível académico sem grande relevância, mas com bastante conhecimento em gestão financeira e portanto economicamente bem sucedido.
De acordo com o autor, seu pai pobre dizia que o amor ao dinheiro “é” a raiz de todo mal enquanto pai Rico, dizia que a falta de dinheiro “é” a raiz de todo mal. E mediante suas visões, o primeiro recomendava que ele estudasse arduamente para que pudesse trabalhar em uma boa empresa e outro aconselhava que estudasse arduamente para que pudesse comprar uma boa empresa.
Pai pobre acreditava que a empresa ou o governo deveria cuidar de “si” e de suas necessidades. Estava sempre preocupado com aumentos salariais, planos de aposentadoria, benefícios médicos, licenças de saúde, férias e outros benefícios. Ele adorava a ideia de assistência médica e serviços de reembolso de alimentos que os militares ofereciam a seus aposentados. A ideia de estabilidade no emprego e benefícios trabalhistas lhe parecia às vezes mais importante do que o próprio emprego.
Já Pai Rico, acreditava na total auto-suficiência financeira. Ele sempre se manifestava contra a mentalidade dos "direitos" e falava que isso estava criando pessoas fracas e financeiramente necessitadas. Ele dava muita ênfase à competência financeira.
De acordo com Robert Kiyosaki, uma pessoa pode se formar académica ou profissionalmente com óptimas notas, mas com uma programação financeira e uma mentalidade de pessoa pobre. Seu pai instruído lhe ensinara a fazer um currículo impressionante para que pudesse encontrar um bom emprego, e outro lhe ensinara a fazer sólidos planos financeiros e de negócios de modo que ele pudesse criar empregos.
Para seu Pai Rico, quando não se tem treinamento financeiro, frequentemente recorre-se a fórmulas padronizadas de levar a vida, como trabalhar com afinco, poupar, fazer empréstimos e pagar impostos demais. (“…vou procurar outro emprego…Mereço um aumento… Eles não vão me passar para trás... Ou Gosto deste emprego porque ele é seguro"...).
Contudo, a vida moderna exige muito mais do que isso, sendo melhor informação, um requisito indispensável.
“Pai Rico, Pai Pobre” é um livro relativamente antigo (1997), mas com conteúdo do presente e do futuro, sobretudo no actual contexto social moçambicano. Hoje as pessoas ficam desapontadas com o sistema educacional, com o mercado de emprego, com os decisores políticos, depois que vêem seus filhos mergulhados no desemprego, mudando de um emprego para outro, etc., pois não consegue compreender que os tempos mudaram… hoje já não são os talentosos que vão em frente, mas sim os ousados. No mundo actual, as grandes oportunidades não são vistas com os olhos, mas com a mente.
Se no passado, errar era mau, hoje é um dos requisitos para o processo de aprendizagem. “Os vencedores não têm medo de perder. Mas os perdedores, sim. Os fracassos são parte do processo do sucesso. As pessoas que evitam os fracassos também evitam os sucessos.
Esta é uma das maiores obras literárias sobre vida financeira por mim lida, e portanto recomendo a todos, seja para dela aprenderem, assim como para melhorarem seu conhecimento financeiro. Sei que o processo de aprendizagem em Moçambique, particularmente para juventude, ainda é um grande problema, devido ao fraco interesse pela leitura. Enviei este livro para mais cinco amigos, apenas um deles leu. Mas se você leu ate aqui, de certeza que não tem este problema, continue assim, pois a leitura é o melhor software para actualizar a nossa mente, tal como o corpo que precisa de alimento e exercícios físicos para se manter saudável. Como diz Kiyosaki, infelizmente para muita gente a escola é o fim e não o início. Fico triste e inquieto quando oiço gente dizendo que não gosta de ler ou ainda que lê apenas por motivos académicos. Para mim este tipo de leitura (prazer) é o melhor. As leituras académicas, são de objectivos a curto prazo e portanto supérfluas, pois caso contrário, seríamos muito ricos em conhecimento.  
Por isso, tire parte do seu tempo diário leia esta obra e aprenda, até porque uma pessoa verdadeiramente inteligente saúda novas ideias, pois novas ideias podem aumentar a sinergia de outras ideias acumuladas. 
Baixe aqui o livro e partilhe-o também com os demais.