Edição (publicação Clube dos Pequenos Escritores - 07/04/2011)
Celebramos
hoje 7 de Abril, o dia da mulher moçambicana em homenagem a Josina Abiatar Muthemba[1].
Natural
da província de Inhambane, Josina nasceu a 10 de Agosto de 1945 e morreu no dia
7 de Abril de 1971, vítima de doença. Guerrilheira e activista moçambicana, abandona
seus estudos para se juntar à FRELIMO na luta pela nobre missão de libertar o
povo moçambicano do jugo colonial, destacando-se como fundadora do Destacamento
Feminino e pela sua contribuição na criação do Centro Infantil de Nangade, na província
de Cabo Delgado, onde elementos do Destacamento Feminino, tomavam conta de
crianças órfãs ou que os pais se encontravam em missões de luta.
Hoje
heroína, Josina Machel é sem dúvida inspiração de muitas mulheres em Moçambique,
que a tem como modelo e exemplo a seguir, que no seu quotidiano engajam-se na luta
contra pobreza que ainda apoquenta milhares de moçambicanos, razão pela qual se
reafirma a ideia segundo a qual “educar
uma mulher é educar uma sociedade”.
“Antes da luta, mesmo na nossa sociedade, as mulheres
tinham posição inferior. Hoje na FRELIMO, a mulher moçambicana tem voz e um
importante papel a desempenhar, pode exprimir as suas opiniões; Tem liberdade
de dizer o que quiser. Tem os mesmos direitos e deveres que qualquer outro militante,
porque é moçambicana, no nosso Partido não há discriminação baseada em sexo”. (Josina Machel)
Através da afirmação acima descrita, é notável e inquestionável
a sua preocupação pela igualdade de género, tendo por isso, se evidenciado como
uma das primeiras a lutar pelos direitos e emancipação da
mulher em todas as esferas da vida, tanto em Moçambique como a nível mundial,
aliás, em reconhecimento ao seu trabalho na luta pelo bem da mulher, na década 80,
uma rua no bairro de Bangu,
no Rio de Janeiro –
Brasil, foi baptizada em seu nome.
É verdade
que o caminho pela igualdade do género em Moçambique é ainda muito longo
sobretudo a nível do processo decisório, mas as conquistas e feitos de Josina
Machel, revelam-se como passos importantes em busca do ideal, com registos hoje de índices significativos de representação feminina em diversas áreas a nível
do sistema político moçambicano.
[1] Passa a chamar-se Josina Machel, ao casar-se
com o então presidente de Moçambique, Samora Machel.