quarta-feira, 30 de julho de 2025

O PREÇO DA IMPRUDÊNCIA NAS ESTRADAS DE MAPUTO E MATOLA


Nos últimos dias, a região metropolitana de Maputo tem sido palco de um aumento preocupante de acidentes de viação, com destaque para os que envolvem transportadores semi-colectivos, sendo a principal causa: imprudência e constantes violações das regras de trânsito. Os resultados são, na maioria das vezes, trágicos: vítimas mortais, traumas irreparáveis, destruição de meios de transporte e de infraestruturas públicas e privadas.

A ocorrência desses sinistros evidencia um comportamento alarmante caracterizado por desrespeito às normas, revelando a arrogância e a falta de civismo de muitos condutores. Soma-se a isso a inoperância e aparente impunidade por parte das autoridades competentes, responsáveis por regular o trânsito e fiscalizar os serviços de transporte de pessoas e bens.

As estradas de Maputo e Matola transformaram-se em verdadeiros campos de batalha, onde o sangue e a morte já não causam espanto. Essas batalhas são protagonizadas, na sua maioria, por jovens condutores sem qualificação para o transporte público, cuja conduta revela desprezo pela lei e pela vida humana. Não raras vezes, apresentam atitudes e comportamentos que fazem lembrar o caos vivido nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique.

Por um lado, esses condutores tratam as estradas e a vida dos passageiros como brinquedos. Por outro, temos autoridades que parecem incapazes de restabelecer a ordem, desde as associações de transporte, cuja utilidade permanece obscura, até os órgãos fiscalizadores, que pouco intervêm para corrigir desvios.

Mas também, muitas vezes, os próprios passageiros tornam-se cúmplices ao tolerar ou incentivar manobras perigosas em virtude de agendas apressadas.

Até quando continuaremos indiferentes a essa triste e alarmante realidade? Amanhã, a vítima pode ser qualquer um de nós. É urgente repensar o sistema de transporte de passageiros na zona metropolitana de Maputo e Matola. A responsabilidade do Estado de assegurar um transporte público seguro e digno não pode ser delegada a prestadores indisciplinados e irresponsáveis. O silêncio e a indiferença estão a nos custar vidas.

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