Ao som do músico e compositor norte-americano Brian Culbertson intitulado “hooking`up”, acompanhado de goles de café,
na pequena secretária do quarto, tomo a iniciativa de quebrar o silêncio e a preguiça
de representar graficamente tudo que me vem a alma. Silêncio que não só me
deixa cómodo, mas sobretudo me frustra. Amo escrever, não importando se o faço da
melhor forma ou não, que género literário me guia, apenas procuro aplicar as
ferramentas do abecedário que aprendi na escola primária para me expressar. Faço replay quantas vezes que posso da música
acima citada, para não perder o foco e manter o ritmo da inspiração.
* Quando ainda me encontrava na escola formal, presenciei
cenários de alunos/estudantes que se destacavam pela positiva, cujas notas e
resultados eram motivos de curiosidade entre seus colegas. Alunos que entre
seus colegas faziam significativa diferença, cuja ausência penalizava o
colectivo.
Cá na escola da vida também os tenho, pés embora em número
bastante reduzido devido a “corrida dos ratos”, que tende a tornar todos Homens
iguais e a vida mais comum do que nunca.
* Harv Eker, no seu livro “Os segredos da mente milionária”,
num dos capítulos, fala de um homem que após iluminar seu quarto depois de
muito tempo vivendo no escuro, enfrenta enormes dificuldades para dormir ao se
surpreender com teias e arranhas que faziam do seu tecto uma aldeia. Só depois
de uma limpeza geral é que suas noites encontraram tranquilidade e sossego.
* Estou a caminho da terceira década piscando o olho,
contudo, não tenho mais de três anos escrevendo minha história. Precisei tropeçar
muito para ganhar consciência da escuridão em minha volta para que pudesse
procurar iluminar-me. Entretanto, igual ao homem da história contada por Harv
Eker, só desconfortado por diversas teias e arranhas habitando em meu tecto. O desconforto
é tão forte que não poucas vezes penso em voltar ao meu antigo habitat. Mas depois
de lembrar que nem todas escolhas têm ganhos, não olho para traz, reconsidero
minha posição, contínuo caminhando e de cabeça erguida para que o mundo reflicta
o horizonte do meu olhar.
Nesta nova e longa caminhada, tantos sãos os confrontos e
oposições, entre naturais e “artificiais” sendo os últimos mais dolorosos, pois
na sua maioria são propositados. Mas por que, na escola da vida aprendi a ter fé
e a acreditar no invisível, continuo firme, mesmo quando derrotado e caído no chão,
levanto e me reposiciono, sendo que nalgumas vezes me vejo dando voltas enormes
para alcançar algo que se encontra bem próximo, no entanto, porque estradas
rectas não tornam condutores habilidosos, me conforto e me predisponho a
caminhar por mais difícil que seja.
Nesta longa caminhada, procurando ser igual ao aluno/estudante
destacável, vezes me vejo sendo notado pela negativa entre críticas, risadas e humilhações,
após procurar criar meu próprio caminho para que não me limite onde os outros
puderam chegar. Os dedos indicadores são as vezes resultado de pequenas quebras
do comum, pois por cá tudo esta padronizado chegando a ser automático. Não poucas
vezes me surpreendo respondendo “Estou
bem e Obrigado”, após me saudarem quando no fundo não estou bem. Me vejo
dando estas respostas automáticas em tudo na minha vida, pois é o comum…
Tão lindas e interessantes foram as histórias de Nelson Madela, Martin Luther King Jr, Madre
Teresa, Steve Jobs! Como eles as escreveram?
E como Mark
Zuckerber, Bil Gates, CR7, Lionel Messi, Jack Ma, entre outros fazem de
suas histórias diferentes e notórias?
Ainda busco respostas. Contudo, diferente da escrita em
papel ou digital que se pode apagar quando inútil, na escrita da vida não há volta,
nada se apaga, razão pela qual a hesitação,
o pensar melhor, faz se presente quase sempre em minha mente. Contudo, não
me rendo…
To
be continued…Writing my history/2017