Empreendedorismo & Activismo Social

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Gás do Rovuma: uma janela de esperança para Moçambique!

O dia 16 de Novembro de 2021, ficará marcado na história do país, pela recepção de Moçambique da plataforma flutuante para exploração do Gás na bacia do Rovuma, na província nortenha de Cabo Delgado. As cerimónias que decorreram na cidade sul coreana de Geoge, contaram com a presença do presidente de Moçambique, Filipe Nhusi, que se fez acompanhar pela primeira dama Isaura Nhusi e alguns membros do governo. 
Espera-se que este empreendimento chegue ao país nos próximos 60 dias, tendo sua construção iniciada em 2018, acompanhada pela formação de pessoal técnico que fará parte directamente na operacionalização deste que é um dos maiores investimentos na pérola do Índico, com início de actividades previsto para 2022. 

Sem dúvida, é um momento ímpar na vida do povo moçambicano, dado que, abre uma nova página na economia e porque não no desenvolvimento de Moçambique. Naturalmente, a expectativa é que este investimento prove o contrário da realidade de alguns países que negócios do género se tornaram maldição para seu próprio povo. 
Não é segredo para ninguém que Moçambique, vive nos dias de hoje um clima terrorista na região norte, por sinal a mesma onde decorrem trabalhos para implantação dos investimentos acima mencionados, cujas causas e autores ate então permanecem desconhecidos. Ao que tudo indica, a vida tende a voltar a normalidade na maioria dos distritos fortemente afectados pelas acções terroristas, após intervenção militar conjunta envolvendo forças locais e regionais. 

Tal como o ditado diz, depois de uma recessão vem a abundância. O país vive nos últimos anos, momentos de aperto económico, cujos efeitos são evidentes no dia a dia da maioria esmagadora da população, que vê suas esperanças de vida reduzidas a nada. O início das actividades de exploração do gás na bacia do Rovuma, abre uma janela oportuna para a melhoria da vida do povo moçambicano, seja por meio de empregos directos, assim como através dos dividendos fiscais destes grandes projectos. 

Verdade é, poderá tirar proveito dessas oportunidades quem realmente estiver preparado. Naturalmente, há um grande desafio por parte do Estado moçambicano, de transformar o crescimento económico em qualidade de vida para o seu povo (Desenvolvimento), mas também, ao mesmo tempo é lançado o mesmo desafio aos jovens em particular, para que se readaptem ao novo cenário económico nacional aprimorando suas habilidades profissionais e intelectuais de forma que possam tirar maior proveito destes investimentos, seja em forma de mão-de-obra ou prestando serviços.

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Violência doméstica contra o homem: a verdade que não quer se calar!

A violência doméstica por muito tempo esteve ligada ao homem contra a mulher, colocando esta numa posição permanentemente de vítima. No entanto, os últimos dias mostram que a crescente luta e defesa pela igualdade do género, está criando efeitos negativos, podendo estar por detrás de uma onda de actos violentos da mulher contra o homem.

Em uma semana, o jornal Notícias, fez relato de casos deste tipo de violência que merecem nossa atenção. Na Quinta-feira (11 de Novembro), relatava um caso na província da Zambézia, de uma mulher que por motivos passionais, teria incendiado uma escola de construção local, onde o marido é director. E no dia seguinte, dia 12 (Sexta-feira) o mesmo Jornal, noticia que um homem no bairro de Tsalala, na cidade da Matola teria perdido a vida, como resultado de queimaduras fortes provocadas por água quente lançada pela mulher.

Na mesma semana, recebi relato de um homem na província de Gaza, vítima de violência sexual perpetrada por duas mulheres “sedentas”, que após este não poder mais as satisfazer, clamou por socorro, tendo as agressoras não só confessado o crime, mas também revelado que esta prática era habitual naquela zona pois sente-se abandonadas pelos maridos que na sua maioria trabalha na vizinha Africa de Sul.

Na há dúvidas que a violência doméstica contra o homem é uma realidade, no entanto, ela sempre foi relegada ao esquecimento e dada menos importância. Diferentemente da violência contra a mulher que tem maior atenção por parte da sociedade e das autoridades, o violência contra o homem, não tem a devida atenção. Contudo a mulher também mata. Alias, de acordo com o filósofo alemão, Friedrich Nietzche, “na vingança e no amor, a mulher é mais bárbara que o homem”

Entretanto, por conta de vários factores como vergonha, receio por parte do homem, despreparo das autoridades em lidar com este tipo assuntos, muitos dos casos acabam ficando no desconhecimento. Para alem da já conhecida violência física, talvez a que mais atenção chama, o homem tem sido sofrido muito a nível psicológico, pois a mulher revela-se também mais forte nas agressões verbais.

Num passado não muito distante, era quase notícia diária nos midias moçambicanos, o relato de mulheres atirando água ou óleo quente em seus parceiros na maioria das vezes provocado por motivos passionais. Após um certo silêncio, estes casos voltam a fazer parte do nosso dia a dia. Infelizmente, a violência não tem cara, raça, género, etc. Seus efeitos são sempre destrutivos para todos. Com muita tristeza assistimos casos de perda patrimonial por parte do homem a favor da mulher, na maioria das vezes por situações provocadas pela mulher.

Continuar olhar a mulher como inofensiva e vulnerável, pode nos sair muito carro. Há uma necessidade urgente de uma mudança de mentalidade do homem como vítima, assim como uma melhor atenção pública por parte das autoridades. A igualdade de género não pode se limitar apenas aos direitos da mulher.


Jornal Noticias
Jornal Noticias/12-11-21


quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Parabéns Maputo!


Comemora-se hoje 10 de Novembro, o 134  aniversário de Maputo, a elevação a categoria de cidade. Fundada em 1782 com o nome de Lourenço Marques,
em forma de feitoria (entreposto comercial europeu em território estrangeiro), a 9 de Dezembro de 1876 foi elevada a vila, tendo ganho o estatuto de cidade em 1887. Em 1976, por decisão do primeiro presidente de Moçambique independente, Samora Machel, passa chamar- se Maputo, em homenagem ao Rio Maputo que desagua na extremidade sul da baia como o mesmo nome.

A cidade de Maputo é a capital política e económica de Moçambique e reza a história que esta teria registado maior índice demográfico durante a guerra civil, por um lado devido aos efeitos do conflito armado nas zonas rurais, mas por outro, dada a sua localização estratégica, que permite acesso a países como Suazilândia e Africa de Sul, este último maior destino da comunidade moçambicana.

134 anos depois, é indiscutível o papel que esta cidade desempenha, não só a nível do território moçambicano, mas também para os países vizinhos. Não poucas vezes, tem se confundido a realidade especifica da Cidade, com a de Moçambique como país, como resultado da relevância que esta tem na vida do povo moçambicano. Mais do que centro das atenções políticas e económicas, Maputo é um dos maiores atrativos turísticos da região, contando com uma especial infra- estruturação histórica assim como moderna, para além de uma incrível e extraordinária paisagem oferecida pela Baía.


A sua potencialidade económica, faz dela também maior destino cultural, pois artistas de diversos pontos de Moçambique, buscando melhores oportunidades, acabam tornando a cidade culturalmente bastante diversificada. Pés embora, alguns problemas relacionados com a criminalidade, falta de habitação, desemprego, entre outros, após 134 anos, não há duvidas que cidade de Maputo, é um dos maiores pontos de referência do país e da região.

Que a cidade continue sendo esta “potência”, mas acima de tudo seja estímulo e inspiração para os restantes centros urbanos moçambicanos.
Parabéns Maputo!


terça-feira, 9 de novembro de 2021

“Juntos pela Associação Hixikamwe”

Teve lugar no passado dia 06 (sábado) de Novembro do ano corrente, uma entrega simbólica de donativos a Associação Hixikamwe, localizada no bairro Malhazine, na cidade de Maputo. Os donativos constituídos por produtos alimentares e fraldas, chegam a esta associação por meio de uma iniciativa de um grupo de amigos e antigos colegas da Universidade Eduardo Mondlane, que comovidos pela triste realidade que assola várias crianças naquele local, entre elas órfãs, vítimas de violência e de abuso sexual assim como portadoras do vírus de HIV.

Mais do que assistência material, o centro faz acompanhamento psicológico e clínico das crianças órfãos e mulheres serro-positivas e para além dos produtos entregues, o grupo de amigos têm contributo através de palestras de sensibilização e encorajamento as vítimas, sendo que pretende que esta iniciativa seja permanente e impactada por outros locais.

De acordo com uma das responsáveis da associação, o apoio surge num momento oportuno, onde várias mães eram obrigadas a usar sacos plásticos por falta de fraldas, agradecendo a iniciativa dos jovens, que o fazem pela segunda vez.

Por sua vez os contribuintes, afirmam que é uma honra fazer parte desta iniciativa que prova realmente que a união faz a força, onde um aparente simples gesto individual, revela-se um grande alívio para o sofrimento daquela comunidade.